Aegea Saneamento tem lucro líquido de R$ 1,2 bilhão no 9M24, 83% a mais que no 9M23
A Aegea Saneamento registrou receita líquida proforma, ou seja, considerando a coligada não consolidada Águas do Rio, de R$ 12 bilhões nos primeiro nove meses de 2024, um aumento de 15,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Nas mesmas bases, o EBITDA atingiu R$ 5,5 bilhões, um crescimento de 28,5% em comparação com o 9M23.
No terceiro trimestre do ano, o ecossistema de empresas geridas pela Aegea atingiu a marca de 13,6 milhões de economias, um crescimento de 908 mil em relação ao mesmo período do ano passado. Esse desempenho é resultado da combinação do perfil do portfólio da Companhia, que proporciona um crescimento consistente, com as iniciativas de crescimento inorgânico.
Destaque para o início das operações da concessão de água e esgoto de Águas de Jaru (RO) e o assinatura do contrato e início das operações assistidas de Águas de Palhoça (SC), além da vitória em outras duas licitações, a da PPP de esgoto do Lote 1 da Sanepar (PR) e da concessão de água e esgoto para 224 municípios no Piauí. Essas operações se somam a outras duas também iniciadas neste ano, Águas de Valadares (MG) e Ambiental Paraná (PR), totalizando 3,4 milhões de pessoas que passarão a receber serviços de saneamento de qualidade, prestados pela Companhia.
“Finalizamos mais um trimestre com evolução nos resultados operacionais e financeiros reportados, fruto da melhoria de performance nos ativos geridos pela Companhia. Esse crescimento reflete os investimentos em expansão das redes de cobertura rumo à universalização do saneamento. Nossa jornada tem sido fundamentada na disciplina financeira, na implementação de melhorias operacionais com captura de sinergias e geração de valor para nossos acionistas e stakeholders, impulsionando, desta forma, nosso crescimento de forma sustentável”, afirma André Pires, CFO da Aegea.
Nos últimos doze meses findos no 3T24, a Companhia investiu R$ 6,1 bilhões, dos quais R$ 5,0 bilhões em CAPEX e R$ 1,1 bilhão no pagamento de outorgas. Para financiar esses investimentos, a Aegea realizou seis novas captações no mercado de capitais no trimestre, totalizando R$ 3,4 bilhões. Dentre elas, destaca-se a emissão de R$ 1,5 bilhão em debêntures de infraestrutura em selo azul para a Corsan, cuja demanda foi o dobro da oferta.
Estes esforços resultaram em reconhecimentos importantes e que reforçam o compromisso da empresa em conectar a próxima casa, gerando impacto positivo na vida das pessoas e do meio ambiente. Entre estes, pelo segundo ano consecutivo, a conquista de melhor empresa na categoria “Saneamento e Meio Ambiente” no prêmio Melhores e Maiores, da revista Exame. A Companhia também ficou em 1º lugar na categoria “Água, Saneamento e Serviços Ambientais” no prêmio Valor 1000 e recebeu os prêmios Infraestructure Financing of the Year e Water/Sanitation Financing of the Year, da revista Latin Finance, pela estruturação do financiamento de longo prazo da Águas do Rio.
Melhorias em infraestrutura e mudanças climáticas
Com foco nas mudanças climáticas e seus impactos nas regiões de atuação, a empresa segue investindo e implementando ações preventivas para garantir a segurança operacional, sobretudo no abastecimento de água. Em Manaus, que enfrentou mais um período de seca intensa, foi mantido o plano de ação iniciado em 2023, o qual assegura o fornecimento de água mesmo em cenários extremos, com estiagens até 25% mais severas do que as registradas em 2023. Entre os investimentos realizados, destacam-se as melhorias nas estruturas de captação de água no rio Negro, incluindo a modernização dos sistemas elétricos e hidráulicos e renovação das bombas, além da instalação de bombas flutuantes que podem ser acionadas em situações emergenciais.
Na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, a capacidade de produção de água foi ampliada de 1.500 para 1.800 litros por segundo, somando-se a outros investimentos para assegurar o abastecimento no verão, período em que o número de turistas é até três vezes superior à população local.
No Rio de Janeiro, a Companhia completou, em novembro, três anos de operação da Águas do Rio. Neste período, foram investidos mais de R$ 3,5 bilhões na recuperação de ativos, implantação de novas tecnologias e expansão das redes de abastecimento de água tratada e esgotamento sanitário nos 27 municípios. Em outubro, foram concluídas duas importantes etapas que refletem a execução disciplinada do plano de negócios: o pagamento da última parcela da outorga ao estado do Rio de Janeiro, no valor de R$ 3,8 bilhões, encerrando assim todas as obrigações de pagamento contratadas (R$ 15,4 bilhões de outorga) quando venceu a licitação em 2021; e o desembolso de mais R$ 1,7 bilhão de financiamento de longo prazo com o BNDES, dentro do escopo do Project Finance de R$ 25,5 bilhões contratados com BNDES, BID, Proparco e com o Mercado de Capitais, dos quais já foram pagos R$ 15,7 bilhões.
Ainda no Rio, os benefícios dos investimentos realizados nos sistemas de esgotamento sanitário são evidentes. Como resultado direto das intervenções, que evitaram o despejo irregular de 92 milhões de litros de esgoto diariamente na Baía de Guanabara e nas praias oceânicas, a população da capital já usufrui de ecossistemas revitalizados. Exemplos emblemáticos incluem a Prainha da Glória, Ilha de Paquetá e a Praia do Flamengo, que nos últimos meses se consolidou como o novo ponto de encontro dos cariocas. São resultados como estes que impulsionam a Companhia ainda mais a avançar com o objetivo de reduzir os desafios sanitários no Brasil, promovendo mais saúde, qualidade de vida e recuperação ambiental em novos territórios.