Amanco Wavin e Microsoft fecham acordo para redução de perdas de água no Brasil

Em 2024, Campinas (SP) registrou o primeiro semestre mais seco em seis anos

Por Conexão Construção 20/09/2024 - 11:57 hs
Foto: Amanco
Amanco Wavin e Microsoft fecham acordo para redução de perdas de água no Brasil
O primeiro projeto da parceria global acontecerá na cidade de Campinas (SP)

A Amanco Wavin – marca comercial da Orbia e uma das maiores fabricantes de tubos e conexões – acaba de assinar um acordo de colaboração com a Microsoft no compromisso da gigante mundial de tecnologia com o reabastecimento de água em locais prioritários identificados pela empresa em todo o mundo. 

Essa colaboração global será iniciada na cidade de Campinas (SP), junto à Sanasa – empresa responsável pelo serviço de abastecimento de água local. A escolha da cidade se deu pelo seu histórico de escassez hídrica provocada pela falta de chuvas e pela estiagem, que colocam em risco o abastecimento de água e reforçam a necessidade de economia desse recurso. Em 2024, Campinas registrou o primeiro semestre mais seco em seis anos, de acordo com levantamento do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), da Unicamp. 

Para apoiar a gestão de água, reduzir os níveis de perda e, por consequência, o estresse hídrico sofrido pela região, a Amanco Wavin passará a oferecer o serviço de gestão eficiente de redes de água – também conhecido como Water Network Managment (WNM). 

O WNM é um conjunto completo de soluções de gestão inteligente para as redes de distribuição de água e coleta de esgoto. Ele conta com uma Central de Gerenciamento de Eventos, que funciona 24 horas, 7 dias por semana. O serviço é realizado por uma equipe composta por profissionais especializados que utilizam a tecnologia da desenvolvedora israelense TaKaDu, especializada em software de solução de gestão de água para gestão central de eventos, redução de perdas e eficiência, parceira exclusiva da Amanco Wavin no atendimento da América latina. 

“O impacto positivo causado pela nossa colaboração com a Microsoft e a Sanasa está diretamente ligado ao nosso propósito como negócio de oferecer abastecimento de água seguro e eficiente, e contribuir para a construção de cidades resilientes ao clima com o uso inovador das nossas soluções. O envolvimento em ações como essa contribui para pulverizar iniciativas inteligentes, como o serviço de gestão eficiente de redes de água, para outras regiões, criando uma cultura de inovação, sustentabilidade e eficiência nesse segmento”, avalia Fabiana Castro, Head de Infraestrutura e Novos Negócios da Amanco Wavin.

"Acreditamos que a Microsoft tem um papel importante a desempenhar para a lidarmos com o estresse hídrico nas áreas em que operamos. A água é um desafio comum que requer uma abordagem coletiva e estamos ansiosos com essa colaboração entre a Orbia e a SANASA para apoiar um projeto de água que está trazendo parceiros dos setores público e privado à mesa para reduzir a perda de água em São Paulo”, diz Eliza Roberts, líder de água da Microsoft. 

Campinas

A Sanasa é uma empresa de economia mista responsável pelo saneamento de Campinas, que atingiu a universalização de seus serviços de água e esgoto dez anos antes do previsto pelo Novo Marco Legal do Saneamento, que é 2033. Atualmente, 99,8% da população do município é atendida com água e 94% com tratamento de esgoto.

Campinas também tem um dos menores índices de perdas na distribuição do país: 19,4% - a média nacional é de 37,7%. “Temos, hoje, um dos índices mais baixos e mais respeitados do país, graças ao Programa de Redução de Perdas, que já substituiu, desde 1994, cerca de 900 km de tubulações, mais da metade apenas nos últimos quatro anos”, enfatiza o presidente da Sanasa, Manuelito Magalhães Júnior. 

Nos mais de 90 bairros onde as novas redes já estão em operação, foi registrado, em 2023, 0,32 rompimento por quilômetro, geralmente, provocado por intervenções de empresas que prestam outros serviços e não por causa natural. Com esse programa, estão sendo beneficiadas mais de 250 mil pessoas. “O meio ambiente também ganha com a troca de redes, uma vez que, com menos perdas por vazamentos, menos água é retirada do rio para abastecer a cidade. Em 27 anos, com o dobro da população, deixamos de retirar 638 bilhões de litros de água”, destaca Manuelito.