Primeiro arranha-céu de São Paulo completa 100 anos
Edifício Sampaio Moreira abriga a Secretaria Municipal da Cultura e tem projeto de restauro assinado pela Kruchin Arquitetura
Com 54 metros de altura e 13 andares, o Edifício Sampaio Moreira foi o primeiro arranha-céu da cidade de São Paulo, mantendo o título de mais alto por cinco anos, até a construção do Edifício Martinelli, também no centro da cidade. É, também, a obra inaugural da fase metropolitana de São Paulo. Com a conclusão do restauro, assinado pela Kruchin Arquitetura, o Sampaio Moreira abriga, atualmente, a Secretaria Municipal da Cultura.
As obras de restauro reestruturam a lógica interna da edificação com a criação de novos eixos de circulação através de um volume de passarelas metálicas inseridas no vazio entre blocos, através também da liberação de amplos espaços de trabalho sem, no entanto, perder-se de vista o desenho primitivo sempre presente em todos os ambientes. O restauro dos antigos elevadores, a criação de uma praça auditório interligando os ambientes e as placas metálicas compondo o forro que recebe todas as novas infraestruturas são destaques dentro do conjunto.
A nova praça, de 400 metros quadrados, conta com área coberta para uso cultural, como pocket shows, seminários e lançamentos de livros. O acesso para os visitantes será pelo prédio vizinho, que foi desapropriado e teve sua fachada restaurada para servir de entrada para a nova praça. No térreo, ainda funciona a Casa Godinho, mercearia mais antiga que a própria construção, que é considerada como patrimônio imaterial da cidade desde 2013.