Cartilha tem melhores práticas para definir equipamentos de segurança para trabalho em altura
Queda em altura é uma das maiores causas de mortes de trabalhadores no Brasil e no mundo
Dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com base em informações históricas da última década, apontam que acidentes no ambiente de trabalho relacionados à quedas de altura representam uma variação, dependendo do ano, entre 15% até 40% do número total de mortes de trabalhadores. A MSA Safety Brasil, em recente pesquisa, observa que o Brasil figura entre os 5 países com maior número de fatalidades no ranking de acidentes, com média de 150 mortes ocasionadas por queda de alturas em locais como escadas, telhados, andaimes, canteiros de obras, entre outras atividades industriais que podem causar uma queda.
Esse cenário no país é um pouco elevado em relação à média global, que está em torno de 30 mortes por ano, segundo a MSA. Entretanto, analisando a proporção de acidentes a cada 100.000 habitantes nos últimos anos, o Brasil surge em cenário otimista e uma das principais razões está no surgimento da NR 35 e todas NBRs para proteger o trabalhador em atividades de altura.
Apesar da melhora, trabalho em altura ainda representa o maior número de fatalidades na indústria devido à falta de adequação às normas, que no Brasil ainda é algo relativamente recente, e, também, na falta de clareza de informações sobre os equipamentos corretos e os procedimentos necessários para que os riscos de acidentes sejam minimizados.
A NR-35, norma que estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, está em vigor desde 2012, ou seja, há menos de dez anos. Segundo Renan Azevedo, Gerente de Produto para Proteção Contra Queda, muitos profissionais que lidam com o trabalho em locais altos (com mais de 2 metros de altura) tiveram sua formação antes da norma entrar em vigor e, por esta razão, estão em constante processo de atualização.
“Na Europa e nos Estados Unidos, já existe a implementação da ANSI Z359 [regulação para prevenção de acidentes em altura] desde o início dos anos 1990, o que leva estes locais a estarem muito à frente do Brasil no que diz respeito à prevenção”, diz Emanuel Araújo, especialista de produto de proteção contra queda na MSA.
Essa preocupação levou a MSA Safety Brasil a desenvolver uma cartilha voltada à conscientização e esclarecimento, de uma maneira extremamente didática, sobre os riscos, procedimentos e materiais de segurança envolvendo o trabalho em altura, com o objetivo de auxiliar indústrias, empresas e trabalhadores autônomos a escolherem o melhor sistema de proteção individual contra a queda (SPIQ), de acordo com a sua atividade.
Para a confecção da cartilha, a MSA contou o Luiz Eduardo Spinelli, gestor de Recursos Humanos, técnico em Segurança do Trabalho e bombeiro profissional civil, que ministra cursos de trabalho em altura há mais de 19 anos. Juntamente com todo suporte na consultoria por gerentes e especialistas no assunto da MSA.
Foram mais de seis meses dedicados à confecção do material, que traz informações técnicas para diversos públicos, como escolas, profissionais de segurança, empresas e indústrias. O material é disponibilizado de maneira gratuita em página exclusiva da MSA. “O objetivo sempre foi criar um guia descomplicado que possibilite às empresas fazerem a seleção dos melhores equipamentos. É a primeira cartilha focada na seleção do material de segurança e não apenas no entendimento da norma”, diz Daniel Caleone, especialista de produto de proteção contra queda na MSA..
A cartilha é dividida em quatro sessões, e o profissional pode, ao final da leitura, montar o seu sistema individual contra a queda de forma adequada e segura.
A primeira parte trata dos Fundamentos da Segurança para o Trabalho em Altura, falando de condições básicas, de sistemas de proteção coletiva e individual e, especialmente, da hierarquia nas medidas de controle, com a ordem de prioridades que precisa ser respeitada para garantir a segurança dos trabalhadores.
A segunda sessão é dedicada aos Cinturões de Segurança. Além de elencar as utilidades do equipamento, aborda os diferentes modelos, de acordo com a necessidade, e chama atenção para detalhes como o peso e o tamanho do trabalhador na hora de escolher o melhor modelo.
Na parte seguinte, a cartilha define os elementos de ligação (dispositivo conectado ao cinturão do tipo paraquedista que prende o trabalhador a um ponto de ancoragem), como os talabartes de segurança, trava-queda deslizantes e trava-queda retráteis. Nesse capítulo é abordada a zona livre de queda necessária de cada equipamento para ajudar você na seleção de equipamentos.
Na sessão final, são discutidos os sistemas de ancoragem, termo originado das atividades de navegação, que em um sentido mais amplo da palavra significa sustentar, tornar firme, fixar. E no contexto do texto, a palavra ancoragem significa fixar o conjunto de proteção contra a queda a alguma superfície do local de trabalho. São abordados os melhores dispositivos e, também, as melhores formas de testar a eficiência deles.
Para acessar o material, entre em https://br.msasafety.com/trabalhoemaltura#download