Imóveis corporativos: 200 mil m² serão entregues em São Paulo durante 2019
O ano de 2018 fechou com uma absorção líquida de 285 mil m² apenas no segmento corporativo classe A. Os principais responsáveis por essas transações foram empresas da área de saúde, prestadores de serviços e bens de consumo. As movimentações foram motivadas especialmente pelo “flight-to-quality” (mudança para qualidade), com companhias que surgiram, expandiram e contrataram, além de empresas que iniciaram suas atividades no País, procurando espaços que se adaptam às suas novas realidades.
Com esse cenário, a Buildings Pesquisa Imobiliária prevê que a queda do preço médio pedido de locação, especialmente para o universo Corporate Classe A, deve estabilizar na capital durante 2019 e que alguns empreendimentos e regiões terão aumento. A empresa de pesquisa imobiliária já identifica um movimento de subida de preço pedido e pouca oferta em regiões primárias do mercado imobiliário capital – em bairros onde as empresas preferem estar. A região da Vila Olímpia, por exemplo, em 2017 apresentava 10,88% de vacância e o preço pedido chegou a R$ 88,90 o m²; já no término de 2018, com a vacância em 4,01%, o preço pedido está em R$ 96,71 por m². O mesmo acontece na região da Faria Lima e Itaim, que em 2017 registrou 22% de vacância e preço pedido de R$ 124 por m², mas que no final de 2018 apresentou 9,68% de vacância e média de preço pedido a R$ 134,36 o m².
“Atualmente, regiões como Faria Lima, Paulista e Vila Olímpia já estão com vacâncias abaixo da casa de 10% para edifícios classe A e já é possível perceber aumento de preços nessas regiões. A vacância do segmento classe A da cidade como um todo ainda demorará perto de dois anos para chegar a um equilíbrio”, explica Fernando Didziakas, sócio da Buildings.
Como alternativa à situação mais competitiva nas regiões primárias, a tendência do setor construtivo é de que o mercado cresça para as outras regiões de São Paulo, como Chucri Zaidan, Chácara Santo Antônio e Marginal Pinheiros. Os empreendedores também já perceberam que, com os registros de atividade construtiva baixa e as atuais projeções de entrega, aliados ao aceno de melhora da economia, o mercado pode ficar mais favorável para a retomada da construção. Com essa percepção, muitos projetos que estavam parados já retornaram às obras, e novos projetos também estão em desenvolvimento.